A “Lenda Dourada” é um livro escrito pelo frade dominicano Jacobus de Voragine no século XIII. A obra se tornou muito popular na Europa durante a Idade Média e a Renascença, e conta a história de inúmeros santos e figuras religiosas, incluindo São Miguel Arcanjo e Nossa Senhora.
De acordo com a lenda, São Miguel Arcanjo foi o anjo que liderou as hostes celestiais na batalha contra Lúcifer e os anjos caídos. Ele também é conhecido por ser o patrono da Igreja Católica, e muitas igrejas são dedicadas a ele em todo o mundo.
Já a história sobre o falecimento de Nossa Senhora, é uma tradição cristã que vem sendo transmitida há séculos. Segundo esta lenda contida no livro, após a ascensão de Jesus ao céu, Maria teria vivido em paz com os discípulos em Jerusalém. Quando ela estava com cerca de 60 anos, o arcanjo Gabriel teria aparecido a ela para anunciar que sua morte estava próxima.
“Ave, bendita Maria!”, Disse ele, “recebe a bênção daquele que concedeu a salvação a Jacó. Veja, Senhora, eu te trouxe um ramo de palmeira do paraíso, e a senhora deverá carregá-lo até a tua morte. Daqui a três dias tu serás presumida do corpo, porque seu Filho está esperando por ti, Sua venerável mãe. ”
Maria então teria pedido para ser levada para Éfeso, na Turquia, onde teria falecido e sido sepultada em uma montanha próxima. Ainda segundo a tradição, os discípulos teriam encontrado o túmulo vazio três dias depois de sua morte, o que os teria levado à crer que Maria teria sido levada diretamente ao céu, em corpo e alma, o que nós conhecemos como a “Assunção de Maria”.
Enquanto ela estava na sepultura São Miguel Arcanjo voltou a aparecer e junto com ele, seu Filho Jesus.
“Cristo acenou com a cabeça e imediatamente o Arcanjo Miguel avançou e apresentou a alma de Maria diante do Senhor. Então o Salvador disse: ‘Levanta-te, minha amada, minha pomba, tabernáculo da glória, vaso da vida, templo celestial! Como tu nunca conheceste a mancha do pecado, tu nunca deverás sofrer a dissolução da carne na tumba’. Então a alma de Maria entrou em seu corpo, e ela saiu gloriosa do monumento e foi colocada na câmara nupcial celestial, acompanhada por uma grande multidão de anjos.”
Vale ressaltar que essas histórias são consideradas lendas e tradições, e não possuem comprovação histórica ou bíblica. São importantes para a fé e a cultura de muitos cristãos.
Nossa Senhora, Assunta aos céus guiada por São Miguel Arcanjo e pelo amor infinito de vosso filho, rogai por nós, vossos filhos e filhas.
Ó minha Senhora,
ó minha Mãe,
eu me ofereço todo a Vós,
e em prova de minha devoção para convosco,
eu vos consagro neste dia
meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração
e inteiramente todo o meu ser.
E como assim sou vosso, ó incomparável Mãe,
guardai-me e, defendei-me como coisa e propriedade vossa.
Amém.
Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel , desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.
É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça de amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa arma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.
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